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domingo, 13 de janeiro de 2013



A dor intransponível para o papel escorre pelas persianas - tal qual essa chuva mansa da manhã. E quando o frescor do clima toca minha pele, ela já está gelada o suficiente. Saudade. A casa vazia do meu corpo sente o abandono. Nem minha boca coberta de pó ou meus dedos costurados por teias de aranha alteram a desolação. E a voz é apenas um falso vento a tilintar o vidro da janela. A porta está trancada. Não há mais chaves. Aqui, o que resta é ruínas sem vida e a espera do próximo temporal que tudo destruíra, de vez, enfim. (Poema extraido do Blog da Lecca)