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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Terceira Idade - Um mundo mais rosado



Não existem dúvidas: quando uma pessoa profissionalmente ativa se aposenta, algo em seu cérebro muda.Por volta dos 65 anos, a maioria das pessoas começa a perceber alguns sinais: esquece ou troca nomes de conhecidos e a chaleira, ocasionalmente, termina na geladeira. Existe uma boa razão para que nossa memória comece a nos desapontar. Nesse estágio da vida, estamos constantemente perdendo células em áreas críticas do cérebro, como o hipocampo-onde são processadas as memórias. A princípio, isso não é um grande problema, e até mesmo um cérebro idoso é fexível o suficiente para compensar. Em algum ponto, entretanto, as perdas começam a ser significativas.

Mas nem todo mundo envelhece da mesma maneira, nem com a mesma rapidez.Então, qual é a diferença entre uma velhinha alegre e inteligente e uma vovó irritável e desmemoriada? E é possivel aumentar as possibilidades de terminar como a primeira?

Exercícios físicos certamente podem ajudar. Inúmeros estudos mostram que praticar atividades três vezes por semana ajuda a melhorar a concentração e o raciocínio abstrato em idosos, estimulando o crescimento de novas células cerebrais. Mexer o corpo também ajuda a manter o nível adequado de glcose sanguínea. Ao envelhecermos, é comum que ocorra um aumento de açúcar no sangue. Isso pode afetar o giro dentado, uma área no hipocampo envolvida na formação de memórias. Como atividades físicas favorecem a regulação da glicose, caminhar ou praticar esportes periodicamente melhora a memória.

Treinar a coordenação também pode ser benéfico. Cuidar do controle motor e do equilíbrio pode melhorar a função cognitiva entre os 60 e os 80 anos. Uma das poucas sessões no videogame podem trazer benefícios. Os resultados de um estudo publicado, em abril, no Journal of the American Geriatric Society,revela que exercícios computadorizados favorecem a memória e atenção em pessoas com mais de 65 anos. E o mais importante, essas mudanças foram grandes o suficiente para que os participantes relatassem melhoras signficativas no dia-a-dia, como lembrar nomes e conseguir acompanhar conversas em restaurantes barulhentos.

Evitar a irritação é mais fácil ainda. Quando receptores de dopamina-responsáveis por sentirmos emoções consideradas positivas- estão em declínio, o risco de a pessoa sofrer uma depressão aumenta, mas é possivel prevenir essa situação ingerindo doses regulares de dopamina, presnte em iogurtes, amêndoas e chocolates.

Na verdade, o cérebro humano tem tudo que precisa para desfrutar uma aposentadoria feliz. Apesar das eventuais perdas, ele tende a "aprender" silenciosamente a se concentrar nas coisas boas da vida. "Certamente, quando você 65 anos, estará mais apto a valorizar emoções positivas", diz o neurobiólogo Florin Dolcos, da Universidade de Alberta, no Canadá.. Em seus experimentos, ele descobriu que diferentemente dos mais jovens, pessoas com idade acima de 60 anos tendem a lembrar menos de cenas emocionalmente negativas, em comparação com passagens positivas ou neutras.

Talvez esse seja um mecanismo cerebral de sabedoria, que nos faz dar menos importância ao que causa sofrimento e focar naquilo que realmente nos pode trazer benefícios.

Exames de ressonância magnética mostram o motivo desse funcionamento. Em pessoas com mais de 60 anos, a amígdala (região do cérebro que processa emoções) costuma nteragir menos com o hipocampo (envolvido no armazenamento de lembranças) e mais com o córtex frontal dorso lateral (atuante no controle das emoções). Dolcos sugere que isso pode ser o resultado de mais experiência em situações nas quais é necessária a resposta emocional para manter o controle. Grande parte das pessoas idosas saudáveis tende a ver o mundo mais cor-de-rosa do que via quando jovem.

Estudos indicam que pessoas mais relaxadas têm menos chances de desenvolver demência que os mais tensos. Uma pesquisa recentemete publicada no periódico científico Neurology mostra queão altos níveis de cortisol, induzido por situações estressantes, costumam causar o encolhimento do córtex cingulado, uma área particularmente sujeita ao Alzheimer e ligada à depressão em pessoas mais velhas. Então, mesmo que nossos cérebros não ganhem rugas, como nossa pele, ele merece o mesmo carinho e a atenção. Caminhar, fazer palavras cruzadas e rir mais podem ser atitudes fundamentais para viver - e envelhecer- melhor.

Helen Thomson











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