
A memória episódica, ligada à lembrança de eventos, também piora, enquanto a velocidade de processamento do cérebro diminui e a memória de trabalho passa a guardar menos informação. Mas qual é a velocidade desse declínio? De acordo com vários pesquisadores, entre os quais o psicólogo Art Kramer, da Universidade de Illinois, em Urbana-Champaign, dos 25 anos em diante perdemos um ponto por ano em um teste chamado exame de estado mental mínimo. (O autor se refere aqui ao que chama de "ESCOAMENTO DO CÉREBRO". A capacidade cognitiva medida por uma bateria de mini- exames do estado mental diminui mais rápido a cada década que passa)
O instrumento, usado, em geral, para avaliar a velocidade do declínio mental ou da instalação de demência apresenta um total de 30 pontos de aritmética, linguagem e habilidades mortoras básicas. Um declínio de 3 ou 4 pontos é considerado significativo. Em outras palavras, o que acontece com alguém dos 25 aos 65 anos tem consequências práticas para sua vida.
Isso tudo pode soar um pouco deprimente, mas há um lado positivo. As habilidades que diminuem na vida adulta referem-se à inteligência fluida ( que nos torna apto a lidar com problemas imediatos) e estão relacionadas à velocidade de processamento cerebral. Mas há também a chamada "inteligência cristalizada", que equivale a sabedoria- e corre na direção contrária. Então, enquanto sua inteligência fluida despenca, junto com o rosto e bumbum, a inteligência cristalina cresce, assim como a barriga.
E essas duas vertentes parecem cancelar uma à outra, pelo menos até os 60 ou 70 anos. Existe outro motivo para se alegrar. Continuar ativo mental e fisicamente, ter uma dieta saudável, evitar o tabagismo, bebidas alcoólicas e outras drogas que alteram o estado mental parece diminuir o declínio inevitável. Mas se parece tarde demais viver assim, não entre em pânico. Você ainda tem chance de virar o jogo.
Graham Lawton (publicado na edição 197, da revista "Mente & Cérebro"- Ediouro, Segmento Duetto Editorial Ltda)
Graham Lawton (publicado na edição 197, da revista "Mente & Cérebro"- Ediouro, Segmento Duetto Editorial Ltda)
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